França recomenda que cidadãos evitem viagens à Venezuela após prisão de estrangeiros

Após tensão política e prisão de cidadãos estrangeiros, governo francês orienta que viagens ao país sul-americano sejam adiadas, exceto em casos de força maior

Por Redação com Informações Gazeta Brasil 16/09/2024 - 10:03 hs
Foto: Pixabay


O governo da França emitiu, neste domingo, uma recomendação para que seus cidadãos evitem viagens à Venezuela, a menos que sejam por "motivos de força maior". A orientação foi publicada pelo centro de crise e apoio do Ministério das Relações Exteriores da França, em resposta ao aumento das tensões no país após as eleições presidenciais de 28 de julho, onde tanto Nicolás Maduro quanto o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, se declararam vencedores.

 

 

O aviso surge após a prisão de três norte-americanos, dois espanhóis e um tcheco pelas autoridades venezuelanas, acusados de participarem de ações para "desestabilizar" o país. O Ministério francês também recomendou que os cidadãos franceses presentes na Venezuela evitem qualquer manifestação política e se mantenham informados sobre a situação local.

 

Entre os detidos estão os espanhóis José María Basoa Valdovinos e Andrés Martínez Adasme, além de três americanos, incluindo um membro das forças SEAL da Marinha dos Estados Unidos. Eles foram presos em Puerto Ayacucho, acusados de envolvimento em um plano que incluía o transporte de armas dos Estados Unidos e a infiltração de mercenários.

 

Diosdado Cabello, ministro do Interior da Venezuela, anunciou as detenções e acusou os envolvidos de planejar o assassinato de figuras importantes do governo chavista. Cabello também acusou a CIA de estar por trás da operação. O governo da Espanha negou as acusações de envolvimento do CNI e solicitou acesso consular aos detidos.